As beterrabas formam um pequeno conjunto com suas folhas arroxeadas, uma ao lado da outra, em fileiras bem distribuídas. Salsa, couve-manteiga e cebolinha emprestam um tom de verde-esperança a horta e ao olhar. A alface agradece o cuidado dispensado, diariamente, e brota de maneira tenra, delicada, mas viçosa. Parece não saber que é inverno.
Os canteiros foram divididos de forma ordenada, com um espaço suficiente, para a circulação de apenas uma pessoa. As mudas se sentem livres e soltas, crescem de modo destemido. Pai, filha e neta ficam, ali, num estado de admiração, percebendo a vida resultar no formato de verduras frescas. Após alguns minutos, retomam a conversa, interrompida pela graça do momento:
– Pai, cuide da sua saúde!
– Eu sei, tenho que cuidar mais de mim – responde de cabeça baixa.
Apesar de, aparentemente, saber tão pouco sobre as dores da vida, a neta escuta com atenção a conversa, volta o olhar para a horta e passa uma receita de vida:
– Vô, é só você se cuidar do jeito que cuida da horta.
Gostei muito. A cada dia é importante pensarmos sobre as coisas da vida. Refletir é sempre preciso. Obrigada!
Nilda, uma vida bem cuidada e com reflexões é o que também espero, Obrigada pela visita. Abraços, Adriana.
é no inverno de nossas vidas que precisamos
cuidar para que els continue tenra, delicada e viçosa
sábia e vigorosa
como a infância
bela página
voltarei mais vezes
abs
Volte sim, Marcos. Abraços, Adriana
Suas palavras são formadas de um delicioso sabor com letras…
Este binómio de receitas e palavras é um desafio para quem escreve e uma paixão para quem lê.
Gostei imesnso da calma que se respira no seu blog.
Um beijinho.
Maria, que finura esse seu comentário. Fiquei muito feliz com sua visita. Retorne mais. Abraços, Adriana.